Por Jana Lauxen
Veja
só: logo eu, uma autointitulada escritora, não encontro palavras para falar sobre
o sarau Leituras Noturnas, que aconteceu na última sexta-feira, dia 10, aqui em
Carazinho, no El Gato Gastropub.
Já
digitei e apaguei este texto umas dez vezes porque tudo soa pouco diante do muito
que aconteceu.
Logo
vamos publicar as fotos e também a resenha do evento, sem contar que o sarau
inteiro está registrado em lives, disponíveis no meu Facebook (Início, Parte 1, Parte 2 e Parte 3).
Porém,
tem uma coisa que as lives não registraram porque o sarau já tinha terminado, mas
que, pra mim, define o próprio sarau: após o encerramento do evento, iniciou o
show com a banda Auto Sugestão. Eu estava lá fora, fumando um cigarrinho,
quando percebi que a música silenciou. Estranhei, entrei para ver o que rolava
e foi então que me deparei com a Taís da Rocha, no palco, com o violão no colo
e se preparando para cantar e tocar.
A Taís
foi convidada para se apresentar no sarau lendo um de seus textos, mas preferiu
ir somente como público, pois precisaria passar seu texto para o braile e o
tempo era curto. A Taís é deficiente visual, mas enxerga muito mais e mais
longe do que UMA GALERA por aí – sem falar que é uma artista por natureza, um
espírito livre e corajoso, uma pensadora, uma questionadora. Tanto, que foi
sozinha no sarau.
Mas
voltando: a Taís, que foi sozinha no sarau, que não conhecia quase ninguém ali,
pediu o microfone emprestado para os meninos da banda Auto Sugestão na cara e
na coragem e fez isso que, por sorte, registrei:
Taís
cantou, encantou e fez todo mundo cantar e se encantar. Se chegou sozinha, foi
embora acompanhada pelo afeto, amor e gratidão que cativou ali. Pelo tanto que
nos ensinou sobre bravura e liberdade.
Esse
vídeo descreve muito melhor do que eu jamais poderia o que foi o sarau Leituras
Noturnas.
E por
isso eu só posso agradecer a todos e a cada um que fizeram esta noite possível.
Eu
tenho muita sorte por ter vocês perto de mim, gurizada!