Por Jana Lauxen
Este livro é dedicado à minha mãe, Eliane.
Às minhas avós, Teca e Otília.
Às minhas bisavós, Ana, Ilda, Cleobolina,
Hortência e Melina.
Este livro também é dedicado à tua mãe, às tuas
avós e às tuas bisavós.
A todas que vieram antes e abriram caminho para
que hoje possamos estar aqui.
Às que lutaram pelo nosso direito ao voto; às
operárias, que gritaram por melhores salários e condições de trabalho. Às
artistas, às rebeldes, às desobedientes, às loucas, às bruxas, às santas, a
Eva.
A todas que sofreram o que ninguém deveria
sofrer; que foram silenciadas, queimadas, torturadas, censuradas, escravizadas,
internadas, malfaladas, maltratadas, estupradas, aprisionadas, depreciadas.
A todas que foram assassinadas.
Este livro é dedicado às mulheres que assim nasceram
ou assim se tornaram.
A todas as profissionais que ainda ganham menos.
Àquelas cujos direitos são negados; cujo corpo é violado; cuja aparência é enquadrada;
cuja sexualidade é vigiada; cuja postura é julgada culpada.
Este livro é dedicado a mim e a você.
Também às feministas, às vítimas de violência, às
prostitutas, às presidiárias, às moradoras de rua, às viciadas, às
trabalhadoras braçais, às intelectuais, às esposas e amantes, às do lar e às da
rua.
A todas as primeiras; às que ainda lutam pelo direito
fundamental de poder escolher e existir.
Este livro é dedicado à minha sobrinha Yasmin e
também à tua sobrinha, tua filha, tua afilhada, tua enteada e tua irmã caçula.
Àquela que ainda nem nasceu, mas nascerá.
Às mulheres fortes e às mulheres que ainda não
descobriram sua força.
Este livro é dedicado a todas que ocupam lugares
onde eram proibidas de entrar.
Ao sagrado feminino, força motora que gera e
movimenta o mundo.
Que possamos seguir retomando o que é nosso por
direito.
Vem! |