Texto: Jana Lauxen
Foto: site da Seara da Canção Gaúcha
Nesta
semana, dia 23 de novembro de 2021, Carazinho perdeu um de seus grandes: Dilon
Pias Duarte partiu aos 82 anos, deixando para nós um legado de trabalho,
dedicação e respeito pela arte e pela cultura.
Exímio
leitor e hábil revisor de textos, destacou-se principalmente na marcenaria,
entalhando a madeira com precisão e detalhes impressionantes. Dilon foi o criador dos troféus da Seara da Canção Gaúcha, além de incontáveis
peças, todas únicas, como quadros, esculturas, porta-retratos e molduras. Na
literatura, foi o responsável pela revisão de uma série de livros de autores
carazinhenses, atuando também como editor do jornal O Noticioso.
Carazinho perde um artista ímpar,
perspicaz e generoso, de uma educação doce e rara; de um talento difícil de
descrever em palavras.
Mas, afora o homem público tão
respeitado e querido, Dilon
era também pai, avô, bisavô, marido, amigo, colega,
vizinho. Perde Carazinho como um todo e cada carazinhense de modo particular,
em especial os que tiveram a sorte e o privilégio de conhecê-lo e desfrutar da
sua presença e gentileza.
Por sorte, quem é amado, quem é lembrado,
não morre nunca.
Razão pela qual Dilon segue
vivo em suas muitas obras, nos corações de quem cativou, nas memórias que
criou, nas sementes que plantou, em seus filhos, netos e bisnetos, em seus
amores, em sua família.
Dilon continua vivo na História (com H maiúsculo) de Carazinho, que agora se
despede e lamenta a perda de alguém que não passou despercebido em nenhum chão
que pisou.
Onde estiver, siga esculpindo beleza em cada canto que passar, querido artista!