sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Aniversário Cultural em Não-Me-Toque: uma resenha fora do padrão


Uma andorinha não faz verão, é o que dizem.
Ouço esta frase desde que era pequenininha, mas acredito que só recentemente consegui entender, de fato, o seu sentido, e o que ele significa na prática.


Dentro dos princípios ortodoxos nos quais fomos criados, do mesmo jeito que crescemos ouvindo que “uma andorinha não faz verão”, crescemos ouvindo que “a união faz a força”. No entanto, na hora de sair da teoria, acabamos fazendo exatamente o contrário.


Prova é a sociedade competitiva e selvagem na qual vivemos, onde disputamos espaço com todo mundo, o tempo inteiro, como se não houvesse sol para todos. Daí nossas angústias e depressões, nossos medos e inseguranças, nossas raivas e rancores. Daí nossa loucura generalizada e silenciosa.

Por Felipe Granville.
Contudo, hoje eu sei que, realmente, uma andorinha não faz verão. É impossível que a gente consiga, sozinho, ser maior e mais forte do que em grupo. Somente juntos temos alguma chance de encontrar o que tanto procuramos, seja lá o que for.


E o Aniversário Cultural da Casa da Cultura de Não-Me-Toque, que aconteceu no último sábado, dia 24 de setembro, foi a prova definitiva de que não há muros ou fronteiras capazes de deter a força de algo que é abstrato, mas definitivamente concreto e real.

Por Felipe Granville.

 Há um movimento acontecendo aqui em nossa região em prol da única saída capaz de nos salvar, seja enquanto indivíduo, seja enquanto país ou planeta: a cultura, a educação, o saber pensar sozinho. 

Por Felipe Granville.
Uma sociedade ignorante, bovinamente obediente e alienada, incapaz de usar o raciocínio – a característica cabal que nos diferencia de todos os outros animais da Terra – jamais poderá almejar evoluir. A (r)evolução que interessa, e que realmente faz a diferença, é a (r)evolução intelectual.


O Aniversário Cultural da Casa da Cultura de Não-Me-Toque foi o 5º evento no qual a Editora Os Dez Melhores esteve envolvida nos últimos 13 meses. E do primeiro até o último, o que fica claro é o aumento significativo no número de artistas participantes, de todas as idades, de todas as áreas, do centro e da periferia, da cidade e do interior. 


E junto com os artistas, um número maior de pessoas interessadas em sua arte, pois um conhece o outro que conhece o outro que conhece o outro. A teia vai aumentando, vai se fortalecendo, vai se solidificando. E crescendo.


Tanto, que já nem consigo mais escrever uma resenha padrão sobre os eventos, como fiz nos dois ou três primeiros. Porque é impossível citar o trabalho de todos os artistas envolvidos, como cada um merece; para isso eu teria de escrever uma apostila, e não um texto de duas páginas.


Este movimento cultural – que é, sim, um movimento político, no real sentido da palavra Política – não possui um nome, um endereço, um CNPJ, um estatuto, um chefe. Ele é abstrato e itinerante, mas – repito – é real e concreto.

Por Felipe Granville.

Porque é realizado por pessoas capazes de levantar do sofá e fazer acontecer. Pessoas dispostas, preparadas, dedicadas, cheias de boa vontade, que dividem o peso e tornam o trabalho mais fácil e mais leve.


Nós, da Editora Os Dez Melhores, nos sentimos felizes e honrados em participar da organização destes projetos culturais, mas também temos a plena certeza de que nós, sozinhos, não faríamos absolutamente nada.


E aqui nos referimos aos artistas, que abraçam a ideia junto com a gente.


Ao público, que prestigia, e nos recebe sempre de braços abertos.


Aos demais organizadores, que trabalham duro para tirar o evento da cabeça e do papel, e torná-lo realidade.


Aos amigos e parceiros virtuais, que muitas vezes não podem comparecer por conta da distância, mas seguem junto.
O bando é grande.

Por Felipe Granville.

Então, deixo aqui nosso MUITO OBRIGADA para todos, e para cada um.

Por Felipe Granville.
Para todos que fizeram parte do Aniversário Cultural da Casa da Cultura de Não-Me-Toque, e para todos que fazem parte deste movimento
Muito obrigada ao público, aos artistas, aos apoiadores, aos organizadores, ao pessoal da sonorização, ao motorista do ônibus, aos amigos, agregados e simpatizantes.


Um abraço especialmente apertado para a Marisa Becker, coordenadora da Casa da Cultura e grande pessoa, por tornar este evento possível.


E também aos queridos da banda 5:18, Lêo, Laércio e Ricardo, pela parceria sensacional.


Muito obrigada a todos vocês, que enxergam o bando passando, e correm fazer verão junto com a gente. ;) 


(Veja mais fotos clicando aqui e aqui).