Quantas
histórias cabem em uma página em branco?
Quantas
possibilidades existem em cada linha, em cada lado, em cada traço, em cada
letra do teclado, em cada canto?
Para
os jovens escritores brasileiros, autores desta obra, são infinitas as
alternativas: a folha vazia pode se preencher de prosa ou de poesia. Na forma
de conto, verso, crônica e melodia. Opinião, fábula, fórmula e teoria, na
primeira ou terceira pessoa, vale qualquer analogia.
Romance
baseado em fatos reais, cheio de alegria ou não; no plural e no singular, é realidade
inspirada em ficção.
É
permitido imaginar; inventar o personagem e seu antagonista, o vilão enquanto
protagonista, o lendário Pé-Grande, o lobo e o cão, o artista. A panela de ouro
e a vizinha; o melhor padeiro de todo o rincão, a bruxa, a coruja perdida e
sozinha, a moto caída no chão.
Na
rua ou na pista, é vasta e bonita a vista no fabuloso universo da criação.
O
cenário é tão livre quanto livre se for capaz de arquitetar: tem a cidade maldita
e a casa assombrada a estalar; a trilha, a cabana, o mistério da rua, do
bosque, da ilha e do mar. A escrita transita, instiga, palpita, saltita e apita;
não tem medo de voar, navegar e nem mergulhar.
Quantas
histórias cabem em uma folha branca, tão branca que chega a brilhar?
É
impossível contar, medir ou soletrar.
Mas
se aceitar passear pelas páginas a seguir, pode sorrir e se preparar: você vai viajar
até onde sua imaginação conseguir alcançar.