quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2ª Mostra de Arte em Carazinho: O QUE TEVE!

Por Jana Lauxen, Editora Os Dez Melhores.

Banca da editora na Mostra de Arte. Foto: Amanda Rodrigues.
 Era sexta-feira, dia 25 de dezembro, quando parou de chover em Carazinho/RS. Após dias e dias de chuva torrencial, muitas vezes acompanhada de fortes rajadas de vento, o tempo finalmente parecia dar uma trégua.
Bom para os catorze artistas expositores da 2ª Mostra de Arte, que no entardecer deste dia de natal puderam ir até o Rancho Cavalo de Tróia organizar suas bancas para a festança do dia seguinte.
O dia 26 amanheceu ensolarado e quente, e assim seguiu até o pôr do sol – que trouxe uma noite bonita, estrelada e agradável. E foi ao cair do dia 26 que o barulho começou no saloon.
Jim Gauto e Marlon Schettert abriram a 2ª Mostra de Arte com uma apresentação alucinante de música e mágica. Interagiram com o público, e colocaram uma pulga atrás da orelha daqueles que participaram de seus números. Eu, inclusive, estou até agora tentando entender.
Apresentação do mágico Jim Gauto. Foto: Fernão Duarte.
Fiva Goellner e Fernanda Silva, da Ojo Teias, vieram de Porto Alegre trazendo uma atmosfera diferente para a Mostra, com um belíssimo trabalho artesanal, e muita, muita, muita luz – que não provinha somente de suas espetaculares luminárias, mas delas próprias.
Público conferiu o delicado trabalho das meninas da Ojo Teias. Foto: Fernão Duarte.
Felipe Defante estreou com tudo na Mostra, apresentando seus trabalhos fotográficos e plásticos, e demonstrando grande maturidade e convicção artística. Ao lado de Sheila Kempfer, também lançou o Zine às Pressas, organizado por Sheila com textos de Felipe. Todos os exemplares foram vendidos (quer o seu? Fala com o Felipe clicando aqui).
Felipe Defante em sua banca. Foto: Fernão Duarte.
Priscila Pezzini, após participar da 1ª Mostra de Arte em agosto deste ano, voltou ao Rancho com seu impressionante trabalho em pirografia. Além de apresentar novas peças, Priscila também expôs composições sensacionais em argila.
Banca da artista Priscila Pezzini. Foto: Editora Os Dez Melhores.
Elói Erpen Schipper espalhou seus quadros e suas cores por todo o Rancho, e chamou a atenção do público, dando uma cara nova e instigante para as paredes do saloon.
As paredes do Rancho ganharam destaque com os quadros de Elói. Foto: Arquivo Pessoal.
Bruna Anacleto e Felipe Granville apresentaram um projeto fotográfico de extrema importância para Carazinho, proporcionando um olhar singular sobre tudo o que não costumamos enxergar – os “Alguéns” e os “Ninguéns”. Destaque para o ensaio da ocupação indígena nas margens da BR-285 em Carazinho – e que justamente por isso impressiona: muita gente achou que se tratava de uma aldeia indígena na Amazônia, por exemplo, quando na verdade ela está bem aqui, ao alcance de nossos olhos.
Bruna e Felipe não estiveram presentes na noite do dia 26, pois viajaram naquela manhã para o Chile, com uma mochila nas costas e só. Mas na sexta foram ao Rancho para organizar sua banca, e aproveitaram para trocar uma ideia com os demais expositores.
Felipe e Bruna na sexta-feira, dia 25, quando foram ao Rancho organizar sua banca. Foto: Editora Os Dez Melhores.
O ilustrador Wélington Weimann chamou a atenção duas vezes: primeiro, por seu magnífico trabalho, seu capricho, sua atenção com os detalhes. Segundo, por sua pouca idade: com apenas 14 anos, Wélington já possui um trabalho maduro e um traço profissional, quase obstinado. Na última semana, comercializou a ilustração Apache – que pôde ser vista pelo público pela última vez durante a Mostra.
Banca do ilustrador Wélington. Foto: Amanda Rodrigues.
Aline Schú, Paola Rezende Schettert e Leonardo Capeleto de Andrade, do projeto Carazinho em Imagens – cujo livro fotográfico será lançado em 2016 pela Editora Os Dez Melhores (saiba mais aqui) – também estavam lá, expondo fotos de uma Carazinho desconhecida para a maioria dos carazinhenses.
Já o tatuador e grafiteiro Pedro Oliveira esbanjou simpatia e segurança na arte que reproduziu em uma das paredes do saloon, enquanto a Mostra acontecia. O público acompanhou ao vivo a concretização de seu trabalho, e viu uma parede qualquer se transformar na parede mais massa do Rancho.
Pedro Oliveira, após a conclusão de seu trabalho. Foto: Fernão Duarte.
Quem também participou da Mostra foi o fotógrafo Fernão Duarte, que além de cobrir os principais eventos culturais de Carazinho, mantém uma coluna semanal no Jornal Correio Regional – leitura obrigatória para quem quer conhecer e acompanhar as atividades artísticas da região, e saber mais sobre a arte que acontece aqui.
Fernão expôs algumas de suas fotos, e levou exemplares do jornal. No entanto, pouco ficou na sua banca, já que passou a noite inteira fotografando cada detalhe do evento. E é por isso que hoje temos estas fotos incríveis da Mostra. E estas também.
Banca do fotógrafo Fernão Duarte. Foto: Fernão Duarte.

A Editora Os Dez Melhores expôs seus livros ao lado da Revista Café Espacial. Houve distribuição de brindes e descontos, e o público pôde folhear as obras, ler trechos, saber mais sobre os próximos lançamentos, e conversar sobre literatura. Quando a banca foi desmontada, já passava de duas e meia da manhã.
Banca da Editora Os Dez Melhores. Na foto, leitor confere o coletivo "Big Buka". Foto: Editora Os Dez Melhores.

Enquanto isso, no telão, imagens de tudo o que aconteceu no Rancho Cavalo de Tróia durante o ano de 2015.
No palco, as bandas Black Hot Coffee, Chapeleiros de Vênus, Valance e Rock Grande do Blues davam show, tocando o melhor do rock, do punk, do blues, do metal. 
Show da banda Black Hot Coffee. Na foto, a vocalista Tita Growl.

E entre uma banda e outra, o DJ Christiano Naza mandava ver em uma seleção refinada, fina flor do rock and roll. 
Christiano Naza escolhe a próxima música. Foto: Fernão Duarte.

Quem esteve lá pode confirmar: foi uma noite especial.
Uma noite para conhecer gente legal, ouvir um som legal, apreciar o trabalho de artistas que são daqui, trocar mil ideias e boas vibrações e números de telefone. Uma noite para rever e fazer amigos.
Uma noite para injetar ânimo direto na veia de todos que acreditam que a arte pode mudar o mundo.
Público curtiu os shows em alta energia.
Foto: Fernão Duarte.
Por isso, a Editora Os Dez Melhores quer agradecer a todos que, direta ou indiretamente, participaram deste evento lindo e inesquecível.
Agradecer aos irmãos Algayer (Valdecir, Pedro, Valdir!), e a todos os amigos do Rancho Cavalo de Tróia, pelo espaço, pela boa vontade, pelo interesse, pelo carinho. Por abrir portas, ao invés de fechá-las.
Aos artistas que expuseram na Mostra de Arte, obrigada pela confiança, pelo envolvimento, pela parceria. Obrigada por também acreditarem que somente em um sistema colaborativo – e nunca competitivo – poderemos nos fortalecer.
A todos que estiveram no Rancho, e prestigiaram as bandas, os artistas, os trabalhos, a música boa e a atmosfera leve: nada disso seria possível sem vocês! Obrigada por fazerem parte desta loucura, e ajudarem a manter esta roda viva e em movimento.
Queremos agradecer também a todos que ajudaram a divulgar a Mostra de Arte, seja da forma que for: publicando o release, curtindo, comentando, compartilhando, convidando amigos para o evento.
Nós, da Editora Os Dez Melhores, estamos plenamente convencidos de que a união faz a força – e a força faz a arte acontecer. Acreditamos cegamente que somente cooperando uns com os outros sairemos do lugar onde estamos.
Visão geral da Mostra de Arte. Foto: Arquivo Pessoal.

E é por isso que temos a certeza de que esta Mostra de Arte foi apenas a segunda, das muitas que virão. E que, de cada uma delas, sairemos mais resistentes, mais animados, mais envolvidos.
Mais motivados para seguir em frente.
Dispensa legendas. Foto: Fernão Duarte.


Adendo: não podemos nos esquecer de agradecer São Pedro pela trégua da chuva – que retornou já no domingo de manhã, forte e abundante. Como foi dito: “Se São Pedro está conosco, quem estará contra nós?”. ;)
Valeu, São Pedro! Foto: Fernão Duarte.